Se fosse vivo, Monsenhor Ágio faria 104 anos neste dia 5 de fevereiro

Monsenhor Ágio e o Governador Camilo Santana/Foto: Secultce.
Por Ronuery Rodrigues

Monsenhor Ágio Augusto Moreira,  foi um sacerdote que prestou um trabalho de evangelização através da música por meio século no Belmonte em Crato . A agitadora Cultural, Bel Castro, afilhada do padre escreveu uma crônica em lamento pelo esquecimento do benfeitor do Belmonte.  Veja!

Era uma vez um padre que nasceu músico e assim aprendeu a ouvir o mundo. Os caminhos de Deus o levaram até Jamacaru, onde inspirado pelo canto afinadíssimo de agricultores durante a lida, resolveu que iria evangelizar através da encantada estrada da música. 

As mãos do Altíssimo o colocaram para habitar nas terras do sítio Belmonte e lá plantar notas musicais por mais de 55 anos. Regou sonhos e colheu gerações de músicos numa comunidade fértil em sensibilidade e arte.

O Padre que dava uma benção com a mesma propriedade que um puxão de orelhas quando necessário. O amigo que sabia ouvir. O mestre que orientava. A palavra que trazia conforto e o ombro que amparava. Fez a grande passagem exatamente 12 de junho, dia dedicado ao amor, como se para gravar para sempre essa data e o que ele melhor partilhou: amor através da sabedoria. 

Seu último sopro de vida terrena foi no " sovaco da serra", chapada que ele caminhou, pedalou e amou. Sábado, dia 05 de fevereiro, faria 102 anos. Diferente dos flashes e holofotes do ano passado, não haverá missa na Capela que fundou e construiu com a comunidade. Triste ironia para quem celebrou diariamente por mais de cinco décadas. Nem uma missa para homenagear esse servo do Senhor que semeou as sementes do bem no Belmonte no Crato e no mundo.

Tão pouco tempo e a erosão do descaso com o legado de sua obra estão deixando áridas sua plantação de amores e bondade. Talvez seja hora de regar a memória do Padre Ágio com as águas nascentes da Gratidão ! PENSE NISSO

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