O mês de março fica azul para alertar sobre os cuidados e tratamentos para o câncer do colorretal, o terceiro tipo de câncer que mais atinge os brasileiros, ficando atrás apenas do câncer de pulmão e do câncer de mama. A campanha Março Azul, já divulgada na Europa e Estados Unidos, chega ao Brasil com o objetivo de conscientizar a população e profissionais de saúde para o diagnóstico precoce da doença. O câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino ou câncer de cólon e reto, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso (cólon), reto e ânus. A doença é tratável e, na maioria dos casos, curável, desde que diagnosticada precocemente.
“Fazer o diagnóstico o quanto antes é o fator fundamental para a definição da intensidade do tratamento, que pode ser exclusivamente cirúrgico, nos casos em estágio inicial, com intenção de cura. Na doença avançada, dispomos de novas modalidades de tratamento, como imunoterapia e imunobiológicos, além da quimioterapia", explica Luis Rafael da Silva Cruz, oncologista do Núcleo de Oncologia e Hematologia do Ceará (NOHC).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), o aumento da expectativa de vida, o envelhecimento da população, inclusive a pandemia do Novo Coronavírus, podem impactar na elevação da mortalidade pelo câncer do colorretal até o ano de 2025.
Cenário brasileiro
Segundo o INCA, em 2020, cerca de 50 mil pessoas receberam o diagnóstico do câncer colorretal, sendo 20.520 homens e 20.470 mulheres, além de quase 20 mil óbitos por causa da doença. O instituto estima o surgimento de 40.990 novos casos por ano, para o triênio 2020/2022, sendo 20.520 em homens e 20.470 em mulheres. Os números correspondem a um risco estimado de 19,64 casos novos a cada 100 mil homens e 19,03 a cada 100 mil mulheres.
“Os casos sugestivos de câncer de cólon são: alterações no formato, aspecto e presença de sangue nas fezes, anemia, perda de peso e dor abdominal. O diagnóstico é realizado com a pesquisa de sangue oculto nas fezes e colonoscopia. A idade ideal para iniciar e a frequência da realização dos exames é individualizada e varia de acordo com os riscos”, diz Dr. Luis Rafael.
O diagnóstico é recomendado para pessoas assintomáticas e acima dos 45 anos. Presença de sintomas, histórico familiar de câncer colorretal ou outros fatores de risco devem alertar os pacientes para a buscar atendimento médico e estabelecer o início dos exames mais precocemente ou realizá-los com mais frequência.
Prevenção
Manter uma dieta balanceada e rica em frutas, verduras e vegetais pode diminuir o risco de desenvolvimento dos tumores. Atividades físicas auxiliam no controle do peso, principalmente entre os homens, que têm maior propensão para desenvolver esse tipo de câncer.
Sintomas
Diarreia ou constipação;
Sangramento ao evacuar;
Anemia sem causa aparente;
Desconforto abdominal, com gases e/ou cólicas;
Sensação de intestino vazio;
Vontade frequente de evacuar, mesmo com intestino vazio.
Fatores que podem aumentar o risco do câncer colorretal:
- Obesidade
- Sedentarismo
- Dieta rica em carne vermelha e alimentos processados
- Tabagismo
- Alcoolismo
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