Evandro Arrais vai ficar fora da prefeitura por 180 dias| Reprodução internet. |
Redação
O prefeito de Antonina do Norte, município localizado na Região Sul do
estado do Ceará (a 473Km de Fortaleza), Francisco Evandro Arrais de
Almeida, 52 anos, foi afastado do cargo nesta sexta-feira (24), por
determinação do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE-CE). Ele
deverá permanecer foram da gestão pelo prazo mínino de seis meses (180
dias) e neste período está proibido de sequer entrar no prédio da
Prefeitura ou de qualquer outro órgão municipal.
O afastamento do gestor foi determinado pela Justiça a pedido do
Ministério Público do Estado do Ceará (MP-CE), que investiga fraudes
em licitações naquele Município. O desembargador Jorge Henrique Holanda
Silveira, presidente da 3ª Câmara Criminal do TJ, deferiu o pedido do MP
feito através da Procuradoria de Combate aos Crimes Contra a
Administração Pública (Procap).
Evandro Arrais é investigado pelo
Ministério Público desde o ano passado, sob suspeita de desvio de
dinheiro público em licitações fraudadas com o objetivo de
enriquecimento ilícito e outros delitos.
Muito dinheiro
No dia 28 de agosto do ano passado, o prefeito e outros membros da
gestão administrativa de Antonina do Norte foram “alvos” de uma operação
policial desencadeada naquela cidade, que resultou no cumprimento de 11
mandados de busca e apreensão.
Na casa do prefeito, policiais civis encontraram, nada menos, que R$
260 mil em espécie que estavam guardados em um cofre. O dinheiro foi
apreendido pela Polícia e entregue à Justiça, que determinou uma
investigação mais profunda sobre a sua origem.
A operação sobre o desvio de dinheiro nas licitações atingiu, além
do prefeito de Antonina do Norte, o secretário municipal de Obras,
Antônio Neto da Silva; e vários empresários, donos das empresas
vencedoras dos certames. O caso tramita em segredo de Justiça na
Procap.
De acordo com aquele órgão, os indícios colhidos nas investigações
apontam crimes como: fraudes através de inexecução contratual (obras ou
serviços não realizados) e sobrepreço. O crime teria sido praticado em
licitações para a coleta de lixo da cidade. O prefeito nega.
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